As bolsas europeias enfrentaram um dia desafiador, com o índice pan-europeu STOXX 600 registrando uma queda de 2,1%, marcando seu pior desempenho desde agosto. As novas tarifas de Donald Trump impactaram o mercado.

As ações europeias recuaram significativamente, marcando o pior dia para o índice pan-europeu STOXX 600 desde agosto de 2024. O mercado respondeu a uma onda global de vendas, desencadeada pela entrada em vigor das tarifas comerciais impostas pelos EUA a países como Canadá, México e China.
O índice fechado em queda de 2,1% afetou diretamente investidores, que estavam preocupados com o impacto potencial sobre o crescimento global e o receio de que a União Europeia poderia ser o próximo alvo das tarifas. Além disso, todas as bolsas regionais encerraram o dia no negativo, com o índice de referência da Alemanha caindo impressionantes 3,5% em relação aos recordes da segunda-feira.
O setor automotivo foi um dos mais afetados, com quedas acentuadas nas ações de montadoras. A Stellantis sofreu uma queda de 10,2%, enquanto a BMW e a Ferrari também enfrentaram perdas de 5,9% e 4,4%, respectivamente. Essa pressão no mercado refletiu não apenas a fragilidade das montadoras, mas também um sentimento maior de incerteza econômica global.
Os serviços financeiros e os bancos também enfrentaram quedas, com perdas de 3,7% e 3,8%, respectivamente. Esta é a reação do mercado aos recentes anúncios de tarifas que abalaram a confiança dos investidores.
Adicionalmente, a volatilidade no mercado de ações aumentou significativamente, atingindo a maior marca desde agosto de 2024, um sinal claro do nervosismo que permeia os investidores.
Os impactos das tarifas comerciais não afetam apenas as montadoras, mas também as empresas de luxo expostas à China, que viram suas ações caírem entre 2% e 4% devido a um novo imposto sobre produtos.
Com essa situação complexa se desenrolando, muitos se perguntam quais serão os próximos passos de Trump e como isso impactará ainda mais a economia europeia e global nos próximos meses.