Alberto Ramos, economista-chefe do Goldman Sachs, destaca que a política fiscal é a principal preocupação do Brasil. Em um evento sobre estabilidade macroeconômica, ele afirma que as despesas superam as receitas, criando um cenário difícil.

Durante o evento Brazil: Macroeconomic Stability, Climate Change and Social Progress, patrocinado pelo Private Bank da XP, Alberto Ramos, economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, ressaltou que a política fiscal é um fator crítico para o crescimento econômico do Brasil.
Ramos declarou: “Quanto mais você gasta, menos você cresce”. Ele argumentou que países com alta dívida tendem a experimentar crescimento reduzido e maior volatilidade macroeconômica. No encontro, outros especialistas, incluindo Caio Megale da XP e Carlos Viana de Carvalho, discutiram a situação fiscal e suas implicações.
A dinâmica de despesas no Brasil mostra que 93% dos gastos são obrigatórios, aumentando o déficit primário, causado principalmente por despesas crescentes que superam as receitas. Para Megale, as reformas necessárias são desafiadoras, especialmente em um ano eleitoral.
Com uma política fiscal expansionista, a pressão sobre a política monetária se intensifica, resultando na continuidade da alta dos juros e do déficit nominal. A projeção é que a dívida não estabilize sem reformas significativas.