Com a variação da moeda americana impactando o consumo dos brasileiros, saiba como dolarizar sua carteira em pelo menos 16% é fundamental para proteção financeira.
Os investidores brasileiros devem dolarizar no mínimo 16% da carteira se quiserem fugir do impacto da variação da moeda americana sobre seu consumo, diz estudo do FGVcef (Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas).
O levantamento calculou o quanto cada faixa de renda no Brasil está sujeita ao sobe e desce da moeda americana. Mesmo os brasileiros de renda média devem ter cerca de 15,75% do seu portfólio em dólar, enquanto os de renda média alta, 18%.
O impacto da variação cambial para as faixas de renda mais baixas também é significativo, com 17% do consumo afetado pela flutuação do dólar. Isso ocorre, pois os custos de alimentos, fundamentais na cesta de consumo dos mais pobres, estão diretamente conectados à moeda estrangeira, desde insumos importados até o transporte.
Além disso, o estudo indica que até 25% da cesta de consumo de alimentos é influenciada pelo valor do dólar. A dinâmica de mercado também sugere que a variação do câmbio não é imediata, podendo demorar vários meses para ser percebida no cotidiano.
Análise do câmbio e investimentos: Pesquisas mostram que o Brasil tem uma das maiores concentrações de ativos domésticos investidos, com apenas 1,56% do patrimônio aplicado no exterior por fundos de investimento. Isso quase o torna dependente das alturas e descidas da moeda americana.
Investir em ativos internacionais se torna cada vez mais recomendado. Ricardo Rochman, coordenador do FGVcef, alerta que não existe um “melhor” momento para comprar dólar e sugere que o ideal é realizar compras fracionadas ao longo do tempo.