PetroRecôncavo e Brava Energia firmam novo acordo de 24 meses, com mudanças significativas nas condições de precificação e volume comercializado, afetando o cenário comercial de ambas as empresas.
A PetroRecôncavo (RECV3) e a Brava Energia (BRAV3) anunciaram que o novo contrato de venda de petróleo extraído da bacia Potiguar foi assinado na última terça-feira (25). Este acordo foi desenvolvido para se estender por mais 24 meses e traz mudanças significativas nos critérios de precificação e volume comercializado.
Um dos principais pontos de destaque é o aumento dos descontos aplicados ao preço do petróleo vendido, além da introdução de uma parcela de preço variável, relacionada à oscilação dos spreads de querosene de aviação (QAV) e óleo diesel marítimo (MGO). Os spreads refletem a diferença entre o preço refinado e o custo do petróleo bruto, influenciados pela oferta e demanda e outros fatores do mercado global.
O novo contrato também estabelece um volume mínimo de compra e venda correspondente a 45% da produção da PetroRecôncavo na região. Contudo, este compromisso está condicionado ao cumprimento de critérios de desempenho por parte da Brava, o que garantirá uma relação comercial mais estável para ambas as empresas.
Entretanto, as novas condições podem impactar negativamente a PetroRecôncavo, já que os descontos aplicados aumentaram consideravelmente. Os analistas preveem que essa situação pode reduzir o preço efetivo recebido pela empresa durante as transações.
Além disso, a nova estrutura de precificação pode transferir parte da volatilidade dos produtos refinados, aumentando a incerteza nas receitas para a PetroRecôncavo, que, com a nova dinâmica, enfrenta a expectativa de oscilações financeiras mais significativas. Para a Brava Energia, o contrato é considerado positivo, garantindo ácido suprimento para sua refinaria e permitindo uma redução em seus custos operacionais.