Analisamos a dinâmica da dívida pública brasileira que vem se deteriorando, resultando na necessidade de ajustes mais drásticos na taxa de juros. Descubra como essa trajetória pode impactar a economia.
A dinâmica do endividamento público brasileiro está em uma trajetória ascendente, resultando em custos mais altos e um perfil mais arriscado. Isso vem diminuindo a efetividade da política monetária. Um aumento nesta deterioração poderá exigir uma dose mais forte de juros do que há 10 anos, quando a taxa nominal ficou fixa em 14,25% por mais de um ano e meio. A expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve a Selic novamente. O cenário internacional com taxas mais altas também exerce pressão.
“Estamos partindo de um ponto pior agora em comparação ao governo anterior. O atual arcabouço fiscal não apenas não melhora a situação, mas pode agravar a dívida”, afirma um especialista. Além disso, a dívida bruta terminou 2024 em 76,1% do PIB, subindo notáveis 12,7 pontos percentuais desde 2014.
O aumento da dívida
O juro elevado no Brasil se relaciona diretamente ao aumento da dívida e déficits. Espera-se que o nível de endividamento atinja 88% do PIB até 2026. A assembleia também aponta que a robustez da política monetária está comprometida por incertezas sobre a estabilização da dívida pública.
Sinais de alerta
Um aumento na proporção de Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) indica uma preferência crescente por papéis indexados à Selic, substituindo títulos prefixados. Essa mudança sugere uma instabilidade na confiança dos investidores em relação à capacidade de pagamento do governo.
O aumento das taxas internacionais também pesam na condução da política monetária local, dificultando ainda mais a situação fiscal brasileira.