Israel anunciou que não retirará suas tropas do Corredor Filadélfia, desafiando os termos do acordo de cessar-fogo. O governo de Netanyahu afirma que a presença militar na região é essencial para garantir a segurança contra o rearmamento do Hamas.
O governo israelense anunciou que não retirará suas tropas do Corredor Filadélfia, área de 14 quilômetros que separa a Faixa de Gaza do Egito. Essa decisão vai contra os termos estabelecidos no acordo de cessar-fogo, que previa uma retirada gradual a partir deste sábado, dia 42 da trégua.
Uma autoridade israelense destacou, “Não deixaremos o Corredor Filadélfia”, defendendo que a permanência militar visa impedir o rearmamento do Hamas e combater o contrabando de armas. O acordo previa que Israel começaria a retirada no final da primeira fase do cessar-fogo, mas a permanência nas áreas de controle sempre foi um ponto controverso.
Para Netanyahu, o controle do Corredor é crítico. “Se Israel perder o controle, Gaza se tornará um reino do terrorismo”, afirmou, sublinhando a importância estratégica da área.
Além disso, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, mencionou que as forças israelenses manterão uma presença indefinida na zona de amortecimento no Líbano, com sinal verde dos Estados Unidos. “Permaneceremos na zona de amortecimento no Líbano indefinidamente: depende da situação, não do tempo”, declarou Katz durante uma conferência com líderes regionais israelenses.
Essa situação pode acentuar as tensões diplomáticas na região, especialmente com mediadores do cessar-fogo como Egito e Líbano. As decisões do governo Netanyahu, que desafiam abertamente os termos da trégua, podem complicar os esforços para um cessar-fogo mais duradouro.