No Mobile World Congress, a política externa do presidente Donald Trump reflete seus interesses em tecnologia e liberdade de expressão, colocando em pauta os regulamentos da União Europeia.
A política externa do presidente dos EUA, Donald Trump, permeia diversos âmbitos, desde conflitos reais entre Rússia e Ucrânia até batalhas tecnológicas contra empresas estrangeiras. Durante o Mobile World Congress (MWC), onde a influência europeia é notável, essa temática se destacou.
FCC: regulamento é ameaça à liberdade de expressão
O presidente da Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC), Brendan Carr, criticou o Digital Services Act (DSA), apontando-o como um ataque à liberdade de expressão norte-americana.
No MWC, Carr expressou preocupações com regulamentos que podem impor censura às empresas de tecnologia dos EUA. Ele destacou: “Censura potencial proveniente do DSA é incompatível com a tradição de liberdade de expressão na América.”
Multas excessivas na Europa
Carr mencionou esforços para evitar penalidades excessivas para empresas de tecnologia dos EUA operando na Europa, onde as multas desde a implementação da lei de proteção de dados em 2018 ultrapassam cinco bilhões de euros para gigantes como Meta, Amazon e Apple.
Interesses das empresas dos EUA
Ele declarou que o governo Trump está comprometido em defender os interesses das empresas norte-americanas, prometendo promover um ambiente de negócios justo, especialmente em áreas como inteligência artificial e telecomunicações. Carr reafirmou que a FCC focará na desregulamentação e simplificação das normas para fomentar a inovação e o crescimento do setor.

Essa mensagem de libertação contra a censura, associada à crítica às big techs por Carr, leva a um novo desdobramento nas relações entre os EUA e o regulador europeu, refletindo um conflito maior sobre a liberdade de expressão no mundo digital.