A Vibra Energia, maior distribuidora de combustíveis do Brasil, enfrenta desafios no segmento de diesel que afetam seus resultados. A concorrência desleal, onde algumas empresas não estão realizando a mistura obrigatória de biodiesel, está impactando suas margens. O CEO da empresa, Ernesto Pousada, destacou que o problema, que já afetou o desempenho no último trimestre, persiste no início do ano.
SÃO PAULO (Reuters) – A Vibra Energia (VBBR3) afirmou que sua performance no mercado de diesel está sendo gravemente prejudicada pela falta de conformidade de algumas distribuidoras em relação à obrigação de misturar biodiesel ao combustível. De acordo com o vice-presidente executivo de Finanças, Augusto Ribeiro Júnior, essa prática não só diminui as margens da companhia, mas também ocorre em um contexto onde o biocombustível está mais caro que o diesel.
O CEO Ernesto Pousada acrescentou que as ações para mitigar o problema já estão em andamento. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) já aplicou autuações e a Vibra está trabalhando em diferentes frentes para combater as irregularidades.
Estudos indicam que o lucro dos infratores, ao não realizar a mistura de biodiesel, pode chegar a R$0,37 por litro. Somente nos estados do Paraná e São Paulo, estimativas apontam que cerca de 200 milhões de litros de diesel foram vendidos irregularmente entre novembro e dezembro, o que representa um problema sério para o setor.
Recentemente, a ANP interditou cautelarmente três distribuidores de combustíveis e afirmou que continua fiscalizando as práticas fraudulentas. O setor está em alerta, e mudanças nas legislações visando aumentar a fiscalização e a conformidade estão sendo discutidas como possíveis soluções.
Além disso, a Vibra prevê um aumento de rentabilidade ao longo do ano, especialmente com a implementação de novas medidas tributárias e a otimização de suas operações para reduzir custos e melhorar suas margens.